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Minha solidão não é capricho
nem vontade
nem solstício
nem vaidade
tão pouco liberdade
Minha solidão dói
sufoca
aprisiona
transborda incontida
arranha a máscara
que sorri no desejo de um “bom dia”
Se apodera
do meu peito imaturo
e o que era orgulho
agora é medo
tão humano e imperfeito
quanto o jovem
a espera do primeiro beijo
Então ...
Não me julgues
Se (não) conheces minha alma
Se o teu toque não me acalma
Não me julgues
Se negastes meu afeto
Se desconheces meus segredos
Se me negas o teu beijo
Não me julgues
Se temes ir coração adentro
Se queres apenas um momento
Se não me estendes tuas mãos
e meu olhar brilha em vão
Não me julgues
Se me negas teu abraço
e não me ofertas um afago
Se me negas um poema
Não me julgues
Eu dispenso sua pena.
Emiliano
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